CEAA - Centro de Estudos Arnaldo Araújo

Historial

Fundado em 1999, com o objectivo de desenvolver projectos de investigação científica inter e multidisciplinar nas áreas científicas e artísticas dos cursos leccionados na ESAP, nomeadamente arquitectura, artes plásticas, cinema, comunicação, desenho, fotografia, teatro e vídeo, o Centro de Estudos Arnaldo Araújo (CEAA) tinha ainda como objectivos complementares a divulgação dos resultados da investigação produzida, a organização de eventos de índole cultural, científica e artística, bem como de cursos de pós-graduação relacionados com as linhas de investigação do centro.

A partir de 2000, como uma das formas possíveis de intervir na comunidade, o CEAA passou a elaborar pequenos estudos que serviram de base à apresentação de propostas de defesa de património edificado como, por exemplo, a proposta de classificação da casa Ricardo Severo, apresentada ao IPAAR, ou a proposta de Reconstrução da Casa da rua Honório de Lima, do Arq. Alfredo Viana de Lima, no Parque da Cidade, apresentada simultaneamente à Câmara Municipal do Porto e à sociedade Porto 2001.

Em 2002, foi delineado um programa de divulgação dos resultados do trabalho desenvolvido, assente na realização de pequenas exposições e na criação de uma linha de publicações, ambas concebidas e executadas pelos seus investigadores, razão que levou a que fossem genericamente designadas por Exposições Caseiras e Edições Caseiras respectivamente.

Data também de 2002 a primeira actividade pública do CEAA, dedicada à divulgação do estudo realizado sobre o arquitecto Arnaldo Araújo, fundador da ESAP de quem o Centro usa o nome.

Se bem que nunca tenha sido interrompida, a actividade do Centro sofreu um abrandamento entre 2003 e 2006, devido à integração da maioria dos seus membros na unidade de investigação nº 417, Instituto de História da Arte / Estudos de Arte Contemporânea da FCSH -Universidade Nova de Lisboa, se bem que date também desse período a consolidação de uma prática de colaboração com outras estruturas e órgãos da ESAP e a internacionalização das suas actividades, com especial relevância no que se refere às ligações primeiro à Universidade de Valladolid e depois à Universidade de Vigo, no âmbito dos Protocolos existentes entre a ESAP e estas Universidades.

Durante este período foram também criadas as condições de alargamento efectivo tanto do campo da investigação realizada como do número de investigadores envolvidos, tendo a investigação no campo das Artes Performativas, Artes Visuais e Cinema e Audiovisual vindo a juntar-se aos temas ligados à Arquitectura que inicialmente marcaram o trabalho do Centro.

Em 2007 o CEAA apresentou a sua candidatura à FCT para a constituição de uma nova unidade de I&D, organizada em dois grupos de investigação, um dedicado à Teoria, Crítica e História da Arquitectura e outro à Teoria, Crítica, História e Práticas da Arte Contemporânea, na sequência do que passou a ser reconhecido e financiado (desde 2009) pela FCT como unidade de investigação nº 4041 (ART-NORTE-PORTO-4041).

A partir de 2009 passou a organizar os Encontros do CEAA, destinados a simultaneamente divulgar o trabalho produzido na unidade e promover um espaço de confronto e troca de ideias com outros investigadores da área. Desde o início caracterizados pela sua dimensão internacional, estes encontros passaram no ano seguinte a realizar-se também noutros países, no âmbito de parcerias e acordos de investigação.

Também em 2009 teve início um processo organizado de integração de jovens investigadores, desde bolseiros de integração na investigação a doutorandos europeus.

Em 2010 o CEAA passou ainda a acolher o seu primeiro projecto de investigação com financiamento autónomo (FCT/COMPETE) - A “Arquitectura Popular em Portugal”. Uma Leitura Crítica - a que outros se seguiram .

Em Novembro de 2011 foi implementada a realização regular (aproximadamente de 3 em 3 meses) de reuniões de auto-avaliação e debate interno do trabalho do CEAA, a que se chamou Terreiros da Crítica, com reflexos importantes tanto ao nível da coesão interna como do trabalho desenvolvido pela equipa.

Em Abril de 2013, o CEAA procedeu a uma reorganização interna, passando a estruturar-se em três grupos de investigação dedicados aos Estudos de Arquitectura, aos Estudos de Cinema e à Arte e Estudos Críticos. Em 2018, foi criada 1 linha de investigação transversal aos grupos: Lugar Comum e em 2022 o Grupo de investigação Estudos de Artes Performativas.

Entre 2016 e 2019 o CEAA acolheu o seu primeiro projeto desenvolvido no âmbito de um consórcio internacional, MODSCAPES - Modernist Reinvention of the Rural Landscape (HERA 15.097)

Atualmente o CEAA é financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito dos projetos UIDB/04041/2020 e UIDP/04041/2020 (Centro de Estudos Arnaldo Araújo)