| Alba Zarza Arribas
Pasajes de arquitectura: La memoria cinematográfica del noticiario de Estado NO-DO (1943-1981)
Universidade de Valladolid. Directora: Josefina Gonzalez Cubero. Orientadora na estadia de investigação no CEAA: Maria Helena Maia
Universidade de Valladolid. Directora: Josefina Gonzalez Cubero. Orientadora na estadia de investigação no CEAA: Maria Helena Maia
Universidade de Valladolid. Directores: Pedro Vieira de Almeida e José Jové
A investigação sobre a obra do arquitecto João Andresen desenvolve-se a partir do que o autor, em determinado momento, designou de “tempo português” – ideia-chave que Andresen nunca esclareceu emrigor e que admite interpretações circunstancialmente distintas em função do momento, das propostas e dos textos que têm no seu trajecto uma influência e impacto particulares: Espaço, Tempo e Arquitectura de Sigfried Giedion e A Cultura das Cidades de Lewis Mumford. Em função da noção de um “tempo português” abordam-se necessariamente conceitos como os de Espírito da Época, do Lugar, Novo Regionalismo e Regionalismo Crítico. A tese procura demonstrar como a expressão subentende diferentes formas de olhar a história e de encarar o progresso e de como essas diferentes perspectivas do tempo traduzem distintas práticas de projecto.
Universidade do Porto, Faculdade de Arquitectura. Orientador: André Tavares
Tendo como principal objectivo modernizar Portugal através da electrização, construíram-se, no início da segunda metade do século XX, diversas centrais hidroeléctricas em Portugal. Esta investigação pretende estudar um desses processos de aproveitamento dos recursos hídricos, a transformação da paisagem e através dele compreender o ideário projectado pelo Arquitecto Januário Godinho para esse território. Para explicar o modo pelo qual o arquitecto enfrentou a consideração do lugar nos projectos para a HICA, de como este afectou a concepção dos seus edifícios e de como incidiram esses edifícios no lugar em que se incorporaram, propomo-nos ler a oposição entre três ideais de paisagem que correspondem a três momentos da sua transformação: a paisagem praticada; a paisagem desejada; e a paisagem materializada.
Universidade de Valladolid. Directores: Pedro Vieira de Almeida/Maria Helena Maia e Ramón Rodriguez Llera
Esta tese pretende proceder ao estudo urbanístico e arquitectónico comparativo das avenidas da Liberdade em Lisboa e dos Aliados no Porto, com vista a estabelecer as similitudes e diferenças existentes na forma de fazer e pensar a cidade. O estudo destas duas avenidas – datadas do período compreendido entra a segunda metade de oitocentos e as primeiras décadas do séc. XX – assenta em dois tipos de abordagem: (1) uma abordagem diacrónica, que permita refazer os momentos mais significantes que conduziram e moldaram a sua concretização; (2) uma abordagem sincrónica que permita a análise e compreensão das avenidas nas suas implicações arquitectónicas e urbanas actuais.
UNESP FCL/Ar (Brasil). Orientador: António Preto
Universidade Lusófona – doutoramento em Arte dos Media. Supervisor: José Gomes Pinto
Esta tese parte de um particular ritual de entrudo, com características funerárias que acontece no dia de carnaval na aldeia do Touro, Vila Nova de Paiva, Viseu. A prática, chamada de “enterro do rico irmão” pode ser entendida sumariamente como um ritual pagão de entrudo, que em jeito de catarse coletiva, culpa um boneco de palha em tamanho humano de todos os males da aldeia e depois o julga e o mata, seguido um ritual funerário numa encenação em que todos os elementos da comunidade participam. Será usada uma metodologia em que o trabalho de investigação de enquadramento teórico, análise fenomenológica, histórica e reflexão crítica do ritual mencionado será acompanhado de trabalho etnográfico. Em par, apontará à investigação e produção de obra artística, também com trabalho em colaboração com elementos da comunidade. Este processo, produção e investigação artística será também objeto de estudo teórico e crítico. Este trabalho permitirá não só uma compreensão mais profunda do ritual e dos rituais afins, mas também perceber as possibilidades do trabalho artístico em par com a investigação teórica e com a etnografia.
Escola Superior Artística do Porto, Mestrado em Realização - Cinema e Televisão - Variante Cinema. Orientadora: Eduarda Neves
O espaço que nos envolve, dependente do tempo e da matéria que o habita, é, tal como o nosso corpo, uma forma orgânica que altera a sua forma e se altera em função das condições ambientais, políticas, sociais e económicas. O poder atravessa o espaço no qual respiramos, nos deslocamos e amamos. Até onde estamos dispostos a ceder ao desejo pelo espectáculo e ao desejo pela natureza?
Faculdade de Belas Artes de Pontevedra - Universidade de Vigo – Programa de doutoramento Creación e Investigación en Arte Contemporáneo. Supervisores: Nacho Barcia e Eduarda Neves
"Arte y Escucha del Ser – acercar lo Absoluto" estuda, de um ponto de vista fenomenológico-hermenêutico, com referências principais Martin Heidegger e Paul Ricoeur, a relação dialogante entre a obra de arte e o espectador, no sentido de incitar este último ao questionamento do seu próprio existir. Para tal, avançaremos com uma análise compreensiva-interpretativa da temática da finitude humana enquanto sinónimo de transfiguração, a partir dos referenciais simbólicos da água e do fogo, trabalhados, figuradamente, pelas artes visuais e performativas. Procuraremos aferir a praticabilidade desta relação dialogante potenciando uma (re)leitura simbólica da morte na arte contemporânea, abrindo-a, assim, a novos horizontes interpretativos, que exploraremos na produção de obra artística pictórica, fílmica e performativa
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas. Supervisora – Eduarda Neves
Viagens, sob a forma de diário, apresenta-se como o registo de memórias e como partida para uma fragmentação. O diário como reflexo da intimidade, questionando as fronteiras entre público e privado. O diário constitui ainda uma ferramenta que contribui para evitar o desmembramento da vida e da sociedade. O clima político e social instável que vivemos é reflexo de um corpo pleno de questões, angústias, solidão, ruínas. Um corpo que habita o espaço através da memória. A possibilidade da existência de um corpo que viaja entre diferentes dinâmicas: a do loop, do frenesim, do ruído, do gesto conduzido até ao seu limite, em diálogo com um corpo que, sendo o reflexo de todo esse caos, se pode apresentar, em última instância, como um corpo esgotado. Esse esgotamento do gesto em estado de desaceleração. Entre a inexistência do gesto depois de um corpo em chamas e um corpo agora inerte, é possível construir um espaço para o silêncio e para o vazio.